Segundo Neiara, ela foi dançar com a sua namorada, uma estudante de arquitetura da Universidade Potiguar, e começaram a trocar beijos. De repente, elas foram abordadas por quatro rapazes bem aparentados, que iniciaram piadas em tom de deboches. “Eles ameaçaram filmar o nosso momento de descontração e seguiram com piadas. Logo a seguir, um deles, o agressor, foi ao meu ouvido e soltou palavras ofensivas”, disse.
A partir de então, Neiara puxou a sua namorada do tumulto e tomou satisfações com o rapaz. Além de agressões verbais, a estudante foi jogada pelo jovem para cima de uma mesa e foi agredida com murros e tapas. No desespero, a companheira da vítima, com identidade preservada, tentou defender a sua namorada e também foi jogada na mesa, sendo agredida até a chegada do grupo que acompanhava o rapaz, que o puxou da mesa. Ela também foi agredida e sofreu arranhões por vários lugares do corpo.
Diante da cena assustadora, as jovens solicitaram o apoio da Polícia Militar, que chegou ao local após a fuga do agressor e o grupo que o acompanhava na calourada. Apesar de diligências realizadas na área, eles não foram encontrados e as jovens aconselhadas a fazer um Boletim de Ocorrência na delegacia. Neiara admitiu não ter feito o B.O por causa do horário, optando por esperar pelo dia seguinte.
A reportagem do Diário de Natal ainda questionou se as vítimas procuraram o Instituto Técnico Científico da Polícia (Itep) para a realização do exame de corpo e delito, mas elas afirmaram que não haviam tomado a decisão até o momento.
“Não sei se realizaremos o Boletim de Ocorrência, mas o importante é que esse caso seja registrado pela imprensa para que uma situação homofóbica não aconteça novamente”, desabafou.
O agressor, de identidade não confirmada, ainda foi procurado pelas vítimas e seus amigos nas páginas de rede sociais, mas até o momento não existem pistas sobre o seu verdadeiro nome.
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