sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cartel a Serviço do Mal? Idealizador de Campanha contra aumento abusivo de Combustíveis é Agredido na Capital


Em meio à campanha contra o aumento dos combustíveis em Natal, a intimidação. O idealizador e coordenador do serviço @viacertanatal, que informa as condições do trânsito na cidade por meio do Twitter, Hudson Silvestre, recebeu ameaças através do microblog e chegou a ser agredido fisicamente na tarde de quarta-feira, quando foi surrado por um motoqueiro não identificado que o abordou enquanto Hudson registrava um acidente de trânsito na Avenida Lima e Silva. Foi o perfil Via Certa Natal que começou a campanha pela redução dos preços dos combustíveis no Twitter e criou a hashtag #combustivelmaisbaratoja, termo que alcançou mais de 28 mil replicações na rede, mantendo-se entre os termos mais comentados em todo o Twitter. Diante da coação e buscando se preservar, o tuiteiro publicou na Internet um aviso a seus seguidores no início da tarde de ontem comunicando que estava desistindo da campanha.

Em entrevista ao Diário de Natal, Hudson contou que a primeira ameaça chegou na manhã de quarta-feira, por meio de uma Direct Message (Mensagem direta) no Twitter que dizia: "Se a gente quebrar, vocês vão quebrar também". As ameaças teriam partido do usuário @terrornasbombas, que na tarde de ontem já havia sido excluído do site. O coordenador do Via Certa relata que no início da tarde, enquanto fazia fotos de um acidente ocorrido na Avenida Lima e Silva, foi agredido por um motoqueiro. Por conta de um AVC, Hudson tem dificuldade de locomoção e anda com o auxílio de muletas. "Ele começou a me dar murros e chutes e eu não tinha como me defender por conta da minha dificuldade de locomoção. Quem me ajudou foi o motorista do carro que estava envolvido na colisão", conta. Segundo ele, as únicas palavras que o motoqueiro falou foram "vagabundo tem que apanhar".

No entanto, as ameaças não pararam por aí. Quando acessou o Twitter do Via Certa, no fim do dia, a vítima se deparou com mais uma mensagem que dizia "O que aconteceu hoje foi só o começo, se vocês continuarem virá muito mais". Hudson prefere não acusar ninguém sobre a autoria da agressão física, mas garante que essa é a primeira vez que passa por uma situação de ameaça. "Fica difícil a gente falar 'foi esse ou aquele'. Acusar alguém ou algum órgão seria leviano", afirmou.

DN online

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