A Polícia Civil trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), o caso da pensionista Elvira Andrade da Silva, 75 anos, cujo cadáver foi encontrado, na tarde de ontem, já em estado de decomposição. A suspeita deve-se ao fato de que o guarda-roupa do apartamento onde ela morava, de número 775, no primeiro andar de um conjunto de quatro apartamentos na rua Segundo Wanderley, no Alecrim, estava revirado e com roupas espalhadas pelo quarto.
O corpo da pensionista, que recebia em torno de R$ 8 mil do pai que era serventuário da Justiça, estava de vestido, levantado até a altura da cintura. A vítima também estava com as roupas intimas e sobre um lado do tórax, um fio da geladeira retirado da tomada. Um vizinho do andar superior acionou o 190 da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Os soldados da guarnição que chegou ao local, por volta das 16h30, levantaram que a porta de acesso ao apartamento estava fechada apenas com o trinco e não tinha chaves.
Moradores da rua contam que a vitima costumava passar dois ou três dias fora e, por conta disso, não notaram a ausência dela, por exemplo, em varrer, algumas vezes, a calçada no começo da manhã. Nem mesmo uma irmã e uma sobrinha advogada, Naniely Rocha, que prestaram as primeiras informações à Polícia, sentiram pela falta dela. Vizinhos contam que no meio da semana começaram a sentir o odor que exalava do apartamento. Mas só ontem, com o odor acentuando-se é que resolveram chamara a Policia para averiguar o apartamento e saber do que se tratava.
O caso será investigado pelo delegado Natanion de Freitas, da 3ª Delegacia de Polícia, do Alecrim. Ele deve começar a investigação ouvindo uma moça, que mora na Cidade da Esperança e ajudava a vitima nos serviços domésticos. Também se fala que ela tinha uma filha adotiva.
Tribuna do Norte
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