domingo, 3 de abril de 2011

Professores serão obrigados a trabalhar com fardas sujas e com cheiro de suor

Que tipo de profissional a sociedade quer para a segurança pública?

Por: Redação/ParaibaemQAP

Não, nós não cometemos nenhuma falha técnica no site. A foto que você ao lado é referente sim ao título da matéria que segue abaixo. A única ‘correção’ que faremos é no que diz respeito à categoria de trabalhadores. Realmente, professores do estado (e outros tantos segmentos profissionais) não são obrigados a abdicar da higiene pessoal no seu trabalho. Os policiais, sim.
Confira a matéria abaixo para ver se você enxerga pelo menos a ponta do iceberg. Num oceano de sucateamento que afoga também os policiais da Paraíba...

A proibição da capa tática e, consequentemente, a substituição dela pelo colete balístico mais simples, cujo lote de 1.200 unidades foi adquirido recentemente pelo comando geral da PM de Alagoas, deixou os policiais militares desprotegidos, além de irritados e desmotivados. Alguns deles procuraram a Associação dos Cabos e Soldados (ACS) de Alagoas, nesta semana, para relatar também que estão sendo obrigados a usar o novo equipamento de forma coletiva, sem qualquer parâmetro de higiene.
Os policiais dizem que a capa tática era mais proveitosa nas ações de combate. Por meio dela, se poderia carregar o rádio-transmissor, a arma, um cartucho extra, além de lanterna e o par de algemas. O equipamento de proteção tinha bolsos suficientes para todos estes materiais.
Já o colete balístico, segundo os militares, é desprovido destas divisões e mal permite carregar o rádio-transmissor. “Quando vamos ao combate, principalmente nas incursões em locais perigosos, precisamos estar com todos os equipamentos de proteção necessários. Tem colegas militares que estão atuando até sem o rádio e nem podem se comunicar com a base para pedir apoio numa emergência”, denuncia um policial.
Segundo ele, o colete balístico novo não é higienizado e é utilizado 24 horas por dia. “Quando eu chego para começar o serviço, sou obrigado a usar o colete que outro colega estava usando. Do jeito que ele tira, suado e tudo, sou obrigado a vestir. Isso é uma falta de compromisso humanitário”, acrescenta o militar.
O mais grave, de acordo com a denúncia deles, é o fato de a corporação ter proibido o uso da capa tática, a qual muitos policiais adquiriram com recursos próprios. “Eu tenho uma que comprei por R$ 350. É minha e se eu usá-la agora posso ser punido”, informou o PM.
O comando da PM divulgou, no início de fevereiro, que a aquisição dos 1.200 coletes. O material, segundo alega a corporação, seria mais leve e dispõe de uma placa antitrauma que reduz impactos por disparos de arma de fogo.
Por que não um ‘auxílio-colete?
Em 2009, políticos brasileiros receberam R$ 16 mil como ‘ajuda de custo’ para o auxílio paletó [veja aqui]. Claro, eles não iriam economizar recursos públicos para vestir os ternos e as gravatas suadas do colega de bancada...

ParaibaemQAP  com ACS/AL

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