quarta-feira, 11 de maio de 2011

Detran suspende atividade de cinco autoescolas acusadas de fraude

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) decidiu suspender preventivamente as atividades das cinco autoescolas de Campina Grande-PB envolvidas no esquema de vendas de carteira de habilitação desmontado pela operação Medusa. Nesta quarta-feira (11), o Diário Oficial do Estado publica portarias determinado o descredenciamento das mesmas por um período de 30 dias.
A operação Medusa foi deflagrada na última quinta-feira (5) e na ocasião foram presas 15 pessoas entre elas funcionários do Detran e os cinco proprietários das autoescolas. Todos foram libertados na manhã desta terça-feira (10) após o término do prazo, de cinco dias, da prisão temporária.
Com a publicação das portarias nesta quarta-feira ficam proibidas de funcionar as seguintes autoescolas: VIP , Sinal Verde, Santo André, São José e Bandeirantes. O Detran também decidiu formar uma comissão especial de sindicância para investigar o envolvimento das autoescolas no esquema de vendas de carteira. A comissão será presidida pelo delegado Wallber Virgolino, corregedor do Detran.

O Detran ainda decidiu instaurar dois processos administrativos para apurar as infrações atribuídas aos psicólogos Marcelo Santiago Falconi e Severino Nery Pessoa, ambos presos na operação Medusa.
Como funcionava o esquema
As investigações que desmontaram o esquema duraram cinco meses e foram conduzidas pelo delegado Wallber Virgolino em parceria com o Ministério Público Estadual. Estima-se que 100 mil carteiras de habilitação tenham sido expedidas ilegalmente nos últimos 12 meses. Dentro deste esquema, os documentos eram vendidos por R$ 1,5 mil, o que acumularia um prejuízo de R$ 150 milhões.
Os investigadores também detectaram que cerca de 40 pessoas atuam na emissão de carteiras nacionais de habilitação (CNH) de forma fraudulenta, beneficiando analfabetos e até para pessoas de outros estados que sequer precisaram vir à Paraíba para se submeter às provas exigidas.
Entre os 'clientes' havia pessoas de Pernambuco, do Rio Grande do Norte e até do Rio de Janeiro. Algumas residentes no bairro de Botafogo, na Capital, e na cidade vizinha Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Para dificultar o rastreamento de irregularidades por parte do Detran e da polícia, os fraudadores forneciam ao Detran endereços de zonas rurais de municípios paraibanos, como Umbuzeiro, Boqueirão, Cabeceiras, Lagoa Seca, Lagoa de Roça e Princesa Isabel.

PortalPB1

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