Do efetivo final escalado para a nova UPP, foram escolhidos dois oficiais, dez graduados e 51 mulheres, que serão chefiados pelo capitão Luiz Piedade. O conjunto de favelas do São Carlos terá o maior contingente de mulheres desde o lançamento do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora, em 2008.
O objetivo da tropa feminina é suavizar a imagem das forças policiais do Rio de Janeiro. A Secretaria de Segurança Pública acredita que o maior número de mulheres pode reforçar a ideia de policiamento comunitário em detrimento da repressão tradicional.
A UPP São Carlos também será a primeira unidade a substituir gradativamente as armas de fogo por outras alternativas. O Ministério da Justiça enviou uma carga de 315 armas não-letais para a Secretaria de Segurança Pública, que se comprometeu a distribui-las entre as unidades pacificadoras.
A cerimônia de inauguração contou com a presença do governador do Estado, Sérgio Cabral, que chegou acompanhado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da secretária nacional de Segurança, Regina Miki.
Ocupação sem tiros
O objetivo inicial do governo estadual era inaugurar uma UPP na região do São Carlos no ano passado, mas os conflitos na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão acabaram postergando a pacificação oficial das comunidades do Estácio.
A repressão ao narcotráfico na região começou efetivamente nos primeiros meses de 2010, quando o líder do tráfico de drogas no Morro do São Carlos, Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, foi morto durante uma operação policial. Ele era apontado como o maior distribuidor de cocaína do estado.
Quase um ano depois, o mesmo território foi ocupado pelas polícias Civil, Militar e Federal, além do apoio logístico das Forças Armadas, sem um único tiro disparado. A ação foi semelhante ao modelo de ocupação do Complexo do Alemão e contou com 17 blindados da Marinha e 150 fuzileiros navais. No total, cerca de 1300 homens trabalharam na operação.
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