O comandante geral da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, declarou em seu perfil do Twitter que “os desvios de conduta continuarão a ser combatidos” na corporação.
Ele se referiu ao caso de um soldado preso no sábado (6), por suspeitas
de participação no assassinato de um flanelinha no bairro Ernesto
Geisel, em João Pessoa, na última sexta-feira.
Ainda de acordo com o coronel, neste ano três policiais militares
foram excluídos por envolvimentos em crimes, após o período de
investigações e de defesa dos acusados. Caso comprovado o envolvimento
do soldado Francisco Fagner Mesquita, ele também poderá ser expulso. Ele
estaria há dois anos na corporação.
O assassinato do flanelinha Damião da Silva começou a ser desvendado
na manhã do sábado (6), quando uma pistola e um colete foram encontrados
dentro de um carro no estacionamento do Hospital de Trauma, em João
Pessoa. Os funcionários estranharam que o equipamento tivesse sido
abandonado no local e chamaram a Polícia Militar.
Por meio da numeração, os policiais chegaram ao soldado. A arma
utilizada no crime tem as mesmas características da pistola do policial
militar.
Ele foi preso e encaminhado à 9ª Delegacia Distrital de Mangabeira
para prestar depoimento à delegada Roberta Neiva. Depois de ser autuado
em flagrante, foi transferido sob um forte esquema policial para o 5º
Batalhão, no Valentina Figueiredo, onde permanece detido. Durante todo o
percurso, a polícia manteve o nome e o rosto do soldado protegidos para
que ele não fosse filmado.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, além do processo
criminal, o soldado também deve responder a processo administrativo e
poderá ser expulso do Batalhão.
Motivos
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Marcos
Paulo Vilela, o PM alegou ter praticado o crime porque o flanelinha
teria roubado dele a pistola de dentro da camionete, enquanto o soldado
estava em um bar no Geisel. “Ele disse que ao recuperar a pistola, foi
ofendido pela vítima, que ainda tentou lhe agredir, o que ensejou os
disparos”, acrescentou.
Depois de assassinar a vítima, o soldado estacionou uma camionete no
pátio do Hospital de Trauma da Capital, veículo em que foram encontrados
uma pistola calibre 380 e munição. O calibre era o mesmo dos projeteis
encontrados na vítima.
“Foi feita a consulta da numeração da arma e constatado que pertencia
ao soldado. Ele foi preso na residência da mãe dele e confessou o
assassinato”, explicou.
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